post-paragraph-innerHtmlQ5vwc”>“Os investidores continuam com uma postura de risk off [evitação de riscos]”, explica Guilherme Suzuki, sócio e líder da área de Portfólio Solutions da Astra Capital.
post-paragraph-innerHtmlQ5vwc”>Para Suzuki, além de fatores externos, como a crise no Oriente Médio e os desafios enfrentados pela China, a deterioração fiscal que levou ao novo ciclo de elevação da taxa básica de juros no Brasil (Selic) minimizou os impactos positivos da queda dos juros americanos.
O Banco Central elevou a Selic em setembro para 10,75%, iniciando um novo ciclo de restrição monetária. “Com o aumento da taxa de juros, a Bolsa acaba por apresentar quedas”, sintetiza Suzuki.
size-smallVzzcu styles-modulefont-family2gjLIe styles-modulecolor-secondarypqKRx styles-moduleweight-boldx3Otv”>VEJA TAMBÉM:
- post-view-more-item2MzRb”>Deterioração das contas públicas afasta investidores do Brasil; mercado de ações é o mais prejudicado
post-paragraphjuWZN”>A mudança de postura do Banco Central brasileiro é impulsionada pela necessidade de conter a inflação, que tem sido pressionada pelo crescimento econômico, degradação das contas públicas e incertezas acerca do cumprimento das metas do novo arcabouço fiscal. O pessimismo no mercado financeiro aumentou, conforme demonstrado no Boletim Focus desta segunda-feira (21), que já projeta inflação de 4,5% ao final de 2024, que é o teto da meta para o IPCA, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O levantamento entre os agentes financeiros indica que a Selic deve encerrar o ano em 11,75%.
post-paragraph
juWZN”>“A dificuldade em manter a inflação dentro da meta pressiona a Selic. Assim, investimentos de risco e ativos de Bolsa, de modo geral, tornam-se menos atrativos”, afirma.
post-paragraph
juWZN”>“Os investidores estrangeiros consideram mais vantajoso correr riscos nos EUA do que no Brasil, especialmente com a queda da taxa de juros americana e o aumento da taxa de juros brasileira, devido à falta de controle fiscal”, destaca Virgílio Lage, especialista da Valor Investimentos.
post-paragraph
juWZN”>“Isso demonstra que a redução dos juros nos EUA não tem um impacto determinante para atrair investimentos para o Brasil”, afirma. “A incerteza sobre a sustentabilidade da dívida pública brasileira e o equilíbrio fiscal geram um ambiente volátil.”
post-paragraphjuWZN”>A elevação da nota de crédito pela Moody’s, após a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à agência em setembro, não alterou a percepção do mercado. Com essa mudança, o Brasil chegou a estar a um passo do grau de investimento, classificação concedida a países considerados bons pagadores. “O mercado não se deixou levar pela alta da Moody’s”, ressalta Francisca Brasileiro, diretora de Investment Solutions da TAG Investimentos. Para ela, é fundamental diferenciar direção de expectativa. “Ninguém acredita que o Brasil esteja à beira da insolvência, mas a deterioração fiscal é uma realidade”, complementa. “Mudanças nas classificações não têm efeito real enquanto não houver ações concretas que justifiquem uma melhora nas finanças públicas.”
Suzuki acredita que, embora a reação inicial do mercado tenha sido positiva diante da redução do risco, a lógica do mercado prevalece.
size-smallVzzcu styles-modulefont-family2gjLIe styles-modulecolor-secondarypqKRx styles-moduleweight-boldx3Otv”>VEJA TAMBÉM:
post-view-more-item2MzRb”>“Precipitada” e “inconsistente”: reações de economistas à melhoria da nota do Brasil
post-paragraph-innerHtml
Q5vwc”>A falta de crença nos cortes de gastos do governo, segundo a diretora da TAG, resultou no aumento das taxas Selic pelo Banco Central, o que, para ela, não era necessário. “Na prática, não conseguimos manter o voo estável. Estamos apenas subindo novamente.”
No início do ano, a Selic estava em 11,75%, mas havia a previsão de um ciclo de queda que pudesse levá-la até 8% até o final de 2024, segundo as estimativas mais otimistas. O Banco Central iniciou esse “pouso” em março, que foi interrompido em julho, quando a taxa foi mantida em 10,50%. Em setembro, as taxas foram novamente elevadas.
post-paragraph
juWZN”>Ela ressalta que a meta de inflação não estava comprometida sem um novo aumento. “Não é necessário elevar tanto [a Selic] para alcançar a meta. A pressão do mercado sobre o Banco Central deriva mais da desconfiança em relação ao governo do que de fundamentos macroeconômicos”, afirma.
post-paragraph
juWZN”>“O Banco Central cometeu um erro ao reduzir as taxas a 2% [durante a pandemia, para estimular a economia]. Depois, fez outra equivocada, aumentando abruptamente para 13,75% ao ano”, afirmou em um comentário em seu canal no YouTube. “Agora, novamente, há uma nova decisão de aumento.”
post-paragraph
juWZN”>“Os dados mais recentes sobre o PIB, por exemplo, superaram as expectativas do mercado, sugerindo uma economia em crescimento – o que aumenta as possibilidades de novos aumentos na Selic”, observa. “Os investidores internacionais estão analisando isso com cautela, pois um ciclo agressivo pode continuar a pressionar os ativos considerados arriscados e a viabilidade da dívida pública.”
Olá, eu sou Bruno, editor do blog QualificaSP.com, dedicado ao universo da capacitação profissional e do empreendedorismo.